quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Confrontando A Rainha dos Céus intro e cap 1

Confrontando A Rainha dos Céus

C. Peter Wagner

Título original: Confronting the Queen of Heaven

Tradução: Michael P. Shea

Instituto Wagner Para Ministério Prático, 1998

Introdução

O Corpo de Cristo chegou a um patamar hoje que não tem semelhança a qualquer outro momento na história da Igreja. O próprio Livro de Atos não relata os tipos de ministérios surpreendentes que estamos vivendo em muitas partes do mundo.

Parece que Habacuque 1:5 está se cumprindo literalmente em nossos dias:

Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem;

e a terra se levanta diante dele, sim, o mundo e todos os que nele habitam.

Será que não deveríamos ter esperado isso? Jesus disse:

Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, por­que eu vou para junto do Pai. (João 14:12)

Nós vivemos na hora da maior colheita de almas que o mundo já viu; relatórios incríveis de poder sobrenatural vêm de praticamente todas as nações; o Corpo de Cristo é mais unido do que tem sido durante o milênio; mais pessoas estão orando e orando "em concordância" do que já oravam; e nós fa­zemos parte da primeira geração que possa vislumbrar a luz no fim do túnel da Grande Comissão. Que hora incrível de ser um cristão!

A DÉCADA DE BATALHA ESPIRITUAL

Até agora Deus nunca confiou a Sua Igreja o nível de batalha espiritual que se vê hoje em todos os continentes. Nem tínha­mos vocabulário para descrever o que acontece corriqueira­mente, termos como: batalha espiritual em nível estratégico, mapeamento espiritual, arrependimento por identificação, evangelização por oração. A questão de kairos - o tempo de Deus, nos faz uma pergunta: porque Deus esperou até agora para liberar o comando a Sua Igreja para um assalto maciço contra o império de Satanás?

Eu creio que a resposta para esta pergunta crucial se en­contra no fato de ter-se estabelecido o governo autêntico da Igreja em geral novamente durante os anos 90. Durante os anos 80, o ministério profético foi levantado dentro da Igreja e começou a encaixar no seu devido lugar na vida e ministé­rio do povo de Deus. Nos anos 90, apóstolos começaram a surgir e ser reconhecidos legitimamente pelas igrejas. Nós lemos em Efésios que Jesus "concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres..." (Efésios 4:11) A igreja tradicional reconhece o ministério de pastores, evangelistas, e mestres há séculos. Só recentemente tem aceitado profetas e apósto­los. Contudo, com apóstolos e profetas já operando, Deus está confiando à Sua Igreja tarefas de alto nível que não vía­mos anteriormente.

Em 1990 eu tive o privilégio de ajudar a fundar a Rede Internacional de Batalha Espiritual na qual sirvo como coor­denador internacional desde então. Isso me proporcionou uma "cadeira cativa" para assistir o desenrolar do plano de Deus para seu exército espiritual. Nos primeiros dias tropeçávamos, cometendo nossos erros. Mas debaixo da tutela do Espírito Santo aprendemos com rapidez. E agora somos mais madu­ros e preparados para a batalha. Temos visto vitórias tremendas para o Reino de Deus nos anos 90 particularmente entre os povos não alcançados da Janela 10/40.

Agora, no desfecho da década e do milênio, Deus está nos confiando um novo nível de batalha espiritual. Algumas coisas descritas neste livreto não eram do conhecimento público. Isso não se trata de batalha espiritual para iniciantes. A nova tarefa que Deus tem dado à rede internacional de batalha espiritual e ao corpo de Cristo em geral, tem haver com os mais altos níveis dos "dominadores deste mundo tenebroso," como o apóstolo Paulo diria em Efésios 6:12. A idéia de confrontar a rainha dos céus não é uma brincadeira. É um assalto avançado e de alto risco contra os poderes do mal, que ninguém quer participar sem que tenha um comando direto de Deus.

Por que alguém em sã consciência confrontaria os altos níveis de principados e potestades das trevas? Simples: por causa do céu e do inferno. Deus tem nos dado um ministério de reconciliação. Ele tem nos dado o evangelho de Cristo que é o poder de Deus para a salvação. Ele não deseja que nin­guém pereça. E, contudo, poucas pessoas estão sendo salvas. Muitas vezes a evangelização fica atolada. A luz do evangelho não brilha como devia. Por quê? Paulo nos diz que é porque "o deus deste mundo" tem cegado a mente dos que não crêem ( II Co 4:4).

Alguns pensam que não há muito que podemos fazer para mudar isso, mas há. Paulo diz que "nós não somos os ignoran­tes dos ardis de Satanás" (II Co 2:11). Deus tem nos dado o escudo da fé e a espada do Espírito (Ef 6:16-17). Nós estamos prontos para a batalha assim que o comandante der a palavra para avançar.

Ele liberou o comando para confrontarmos a Rainha dos céus. Este livreto vai contar como este comando foi liberado e como Deus espera que Seu exército se mova em batalha.

Capítulo 1

"Éfeso ontem e hoje"

O foco das atenções da Rede de Batalha Espiritual em nos­sos dias tem se voltado para cidade de Éfeso na Turquia. Sem dúvida, outros pontos irão surgir à medida que cheguemos diante do trono de Deus para ouvir cuidadosamente a Sua voz, contudo, a Turquia será o palco central. Por muitos anos, cristãos de todas as nações têm orado para Deus abençoar a Tur­quia e o povo turco. Turquia é uma terra linda, uma jóia da criação de Deus. Nossa fé cristã tem raízes profundas na Tur­quia. Nosso desejo é de ver o propósito de Deus naquela terra frutificar, e, é por isso que eu advogo que aumentemos tanto a quantidade quanto o fervor das nossas orações pela Turquia, proclamando o amor profundo de Deus pelos turcos.

Por que a Turquia, particularmente a cidade de Éfeso, é tão importante nesta guinada da história? Para explicar isto, precisamos olhar Éfeso ontem, e posteriormente, Éfeso hoje.

Éfeso ontem

Houve uma época em que Éfeso era o centro do cristianismo mundial. Nos dias dos apóstolos, Éfeso era a terceira maior cidade do Império Romano, gabando de uma população de 250.000. Somente Roma e Alexandria eram maiores. Era uma cidade linda, de arte e arquitetura maravilhosa, muito do qual já foi restaurado pelos arqueólogos modernos. Era uma cidade porto, com comércio movimentado e lucrativo.

Uma casa de banho era situada em cada portão da cidade e, não se admitia ninguém sem que antes tomasse um banho completo. Éfeso era um centro de educação com escolas, bibliotecas e salões para palestra. As casas dos mais favorecidos eram equipadas com encanamento de água quente e fria. O hospital era situado perto do centro da cidade. O extraordinário anfiteatro ao ar livre tinha capacidade para 25.000 pessoas e podiam-se ouvir as vozes do palco sem amplificação.O apóstolo Paulo foi o missionário que Deus escolheu para levar o Evangelho de Cristo à Éfeso, capital da província romana na Ásia Menor. Em Éfeso, Paulo viu mais fruto do Seu amor que em qualquer outro lugar que ele visitou como missionário. O livro de Atos relata que "Paulo pregava o reino de Deus por dois anos" (At 19:10). E, quando Paulo estava lá (At 19:20), "a palavra do Senhor crescia e prevalecia". Isso seria semelhan­te a um missionário que chega em Chicago e após dois anos ser capaz de dizer, "Todo Illinois já ouviu o evangelho!"

Batalha espiritual e milagres extraordinários

O que Paulo fazia durante aqueles dois anos? Ele estava envol­vido em batalha espiritual. Havia tanto poder so­brenatural liberado através de Paulo e outros, que "Deus ope­rava milagres extraordinários pelas mãos de Paulo" (At 19:11). Como eu gosto de ler estas palavras! Aparentemente, havia tanto poder que uma distinção era necessária entre "milagres ordinários" e "milagres extraordinários". Estamos ven­do algo semelhante em lugares como a China e Argentina. Há três níveis de batalha espiritual, e todos eles estavam acontecendo em Éfeso. O primeiro é o nível solo, que trata de expulsar demônios de indivíduos. Era o que Jesus comandou aos Seus discípulos que fizessem quando Ele os enviou dizen­do: "Indo, prega, dizendo, 'O reino de Deus é chegado'. Cura os enfermos, expulsa os demônios..." (Mat 10:7-8).

Normalmente, Deus cura os enfermos e expulsa os demô­nios quando pessoas cristãs ministram diretamente a indivídu­os, impondo suas mãos, ungindo com óleo, e orando por elas pelas suas necessidades específicas. Esses seriam milagres "or­dinários". Mas em Éfeso havia tanto poder demonstrado que Lucas relata "a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.". (At 19:12).Torna-se claro o uso do adjetivo "extraordiná­rio" aqui!

OS MÁGICOS E A SUA FOGUEIRA

O segundo nível de batalha espiritual é o nível oculto. Isso sig­nifica tratar com os poderes das trevas que são mais coordena­dos e organizados que um ou outro demônio que esteja afli­gindo certa pessoa numa certa hora. Podemos pensar nis­so como bruxaria ou satanismo, a adivinhação, xamanismo, Nova Era, Maçonaria, Budismo Tibetano, ou outras práticas de ocultismo.

Éfeso, nos dias de Paulo, era um centro de magia. Con­forme esta informação tirada do excelente livro de Clinton Arnold: Éfeso pode ser considerado o centro da magia no Impé­rio Romano. Teria atraído os mais famosos mágicos, bem como outros que queriam aprender deles. Paulo ministrava aos má­gicos em Éfeso com resultados extraordinários. Para ganhar esses poderosos a Cristo, devia ter havido inúmeros encontros de poder demonstrando claramente que o poder de Deus era maior que qualquer poder sobrenatural das trevas que os má­gicos possuíam.

Lemos também que: também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinqüenta mil denários. (At 19:19) Fazendo a pesquisa para meu comentário sobre Atos, eu calculei a pilha de parafernália da magia queimada em cerca de quatro milhões de dólares .

O espírito territorial: Diana dos Efésios

O terceiro, e mais alto nível de batalha espiritual, é o nível es­tratégico. Isso envolve o confronto dos espíritos territoriais de alto nível a quem Satanás nomeou para coordenar as ativida­des do reino das trevas sobre certa área para manter as mentes das pessoas cegas ao "evangelho da glória de Cristo", como nós lemos em II Coríntios 4:3-4. Paulo refere a isso quan­do ele diz "porque a nossa luta não é contra o sangue e a car­ne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espiri­tuais do mal, nas regiões celestes." (Ef 6:12.)

O espírito territorial principal sobre Eféso e Ásia Menor era a renomada Diana dos Efésios (também conhecida por nome Grego, Artemis). Alguns historiadores crêem que ela podia ser a deusa mais cultuada de todo o Império Romano dos seus dias. Seu templo em Éfeso, era listada como uma das sétimas maravilhas do mundo antigo. O exemplo de arquitetu­ra mais opulente e surpreendente de toda cidade. Oferendas e sacrifícios foram feitos a esse poder demoníaco durante o ano todo. Seus seguidores lhe chamavam de "magnífica", "grande deusa", "salvadora", "rainha dos céus". Antes de Paulo che­gar, ela tinha o controle da região de Éfeso e além. Mas, de repente, começou a confusão. Os demônios que estavam debaixo da sua autoridade, foram expulsos de pesso­as que tinham oprimido por muitos anos usando de meros len­ços! Os mágicos, presumidamente entre suas tropas de elite, estavam abandonando o reino das trevas em massa, e entrando no reino desse Jesus que Paulo estava pregando. Diana não tinha visto nada igual! Seus exércitos estavam retrocedendo em caos. Ela estava perdendo rapidamente sua autoridade so­bre Éfeso que ela tinha controlado por séculos.

O poder da Diana estava sendo neutralizado tanto pelo evangelho, que as pessoas comuns começaram a notar. Para­ram de adorá-la, sacrificar a ela e comprar suas imagens. No desfecho de dois anos do ministério de Paulo, os artífices que fabricavam suas imagens, estavam perdendo seu negócio. En­tão eles começaram um reboliço público. Encheram o grande anfiteatro e gritaram por duas horas, "Grande é Diana dos Efésios" (Atos 19:34).

A GUERRA AÉREA E A GUERRA NO SOLO

A batalha espiritual a nível estratégico de Paulo foi como a guerra aérea da estratégia militar moderna. Nenhum coman­dante responsável iria mandar tropas no solo se, não ganhasse primeiro a guerra aérea. Seria suicídio. É por isso que Paulo assegurou que Diana tinha sido enfraquecida antes dele enviar os implantadores de igrejas pela cidade de Éfeso e a província da Ásia Menor. Verdadeiramente, Paulo não implantou pesso­almente as igrejas da Ásia Menor (sete das quais são mencio­nadas em Apocalipse 2 e 3). Ele treinou implantadores de igre­jas na "escola de Tirano", um prédio que ele alugou, e os en­viou como tropas no solo (veja Atos 19:9-10).

A queda de Diana Quando Paulo deixou Éfeso

Diana tinha sido enfraquecida e espancada severamente. Mas ela não foi tirada de cena total­mente. Paulo não tinha confrontado ela no "tête-à-tête" nem entrado no seu templo em guerra espiritual a nível estratégico. Os artífices acusaram-no de ter feito isto, mas eles não podiam provar as acusações no tribunal. Diana tinha perdido muito do seu poder por causa da batalha espiritual agressiva de Paulo a nível solo e a nível oculto. O império das trevas é interligado e o que acontece em qualquer um desses três níveis afeta os ou­tros níveis e toda a estrutura de Satanás.

Deus escolheu o apóstolo João para executar o assalto fron­tal. A história subseqüente, não o livro de Atos, nos conta que alguns anos depois que Paulo deixou Éfeso, João mudou para lá para terminar sua carreira. Ramsay MacMullen, um historiador bem conhecido e professor na universidade de Yale, nos contam do ministério de João em Éfeso com detalhes muito inte­ressantes na área de batalha espiritual a nível estratégico. MacMullen, um especialista na história do Império Romano, escreveu um tratado escolar chamado A Cristianização do Im­pério Romano dos anos 100 à 400. Nesse tratado, ele argu­menta que o fator principal para a conversão do Império Ro­mano ao cristianismo foi a expulsão de demônios. Ele dá muitos exemplos de batalha espiritual em seu livro.

Um desses é a história do apóstolo João e o seu confronto tête-à-tête com a Diana de Éfeso. MacMullen, citando fontes históricas, diz que João, em contraste de Paulo, entrou no tem­plo da Diana para fazer guerra espiritual. Ele diz, no próprio templo da Diana, João orou: "Oh! Deus... em cujo nome todo ídolo e todo demônio e todo poder imundo foge; que o demônio desse lugar desse templo fuja ao Seu Nome...". Enquanto João estava dizendo isto, de repente, o altar da Diana rachou em muitos pedaços e a metade do templo caiu (página 26 do seu livro).MacMullen continua dizendo que esse encontro de poder trouxe multidões dos éfésios à fé em Cristo. Então ele comen­ta, como um historiador profissional na razão pela qual ele crê que isso, junto com outras coisas semelhantes na evangelização do Império Romano, deve ser aceito como historicamente vá­lido.

Dentro de 50 anos depois desse evento, praticamente nin­guém do Império Romano cultuava a Diana. Seu culto foi re­duzido a uma sombra do que era antes de Paulo e João irem a Éfeso. E a cidade de Éfeso se tornou o centro do cristianismo mundial para os próximos 200 anos.

Éfeso hoje

Em agosto de 1997, Doris e eu fizemos nossa primeira viagem à Turquia fazendo parte do Projeto Orando pela Janela III, que ajudamos a coordenar. Deus tinha colocado os turcos em nossos corações como o povo não alcançado em quem devíamos concentrar as nossas orações. Toda informação era uma novidade para nós, porque tínhamos pouquíssimos co­nhecimentos da Turquia, e, nenhum amigo turco.

Ficamos muito contentes com o que soubemos. A Turquia é um país lindo que tem uma longa história. Alguns dizem que o Jardim do Éden se situa na Turquia, e é muito possível. O povo é maravilhoso — amigo, hospitaleiro, calmo e trabalha­dor. Compreendemos porque a Turquia seria um destino pre­ferido de turistas europeus para as férias. Depois de regressar­mos para casa, logo queríamos voltar.

A maioria dos turcos é muçulmana, e têm uma lealdade à sua fé que vem de berço. Mas, o governo turco é secular e resiste às tentativas dos fundamentalistas islâmicos para impor o tipo de sociedade fechada visto em outras nações do Oriente médio. Turcos não são árabes, e não querem ser. Eles querem fazer parte da união européia. Igrejas cristãs, escolas bíblicas, livrarias evangélicas e romarias religiosas são permitidas. To­dos são livres para se converterem ao cristianismo se assim desejarem. Há mais ou menos 500 crentes nascidos de novo na Turquia hoje. E verdade que existem algumas leis que res­tringem os meios de evangelismo e proíbem a distribuição pú­blica de literatura, mas essas leis se aplicam aos cristãos e não cristãos. Cristãos que desobedecem de propósito essas leis merecem a punição.

A DEUSA DA LUA

Durante nossa visita à Turquia soubemos de algo que, antes, não tínhamos conhecimento. A antiga deusa da lua (algumas vezes referido na literatura como o masculino: deus da lua) tem exercido uma forte influência sobre os povos do Oriente Médio por milhares de anos. Os poderes espirituais por trás desse culto à lua, personificados, ou pelo masculino, ou femi­nino (distinções de gênero humano não se aplicam entre seres angelicais), tem sido enraizados em muitas culturas do Orien­te Médio (bem como as culturas fora do Oriente Médio) mui­to mais do que nós pensamos. O símbolo da deusa da lua é a lua crescente.

Será que essa deusa da lua tem algo a ver com a Diana dos Efésios? Eu tinha visto retratos da Diana com múltiplos seios muitas vezes, mas foi somente durante esta visita à Tur­quia que eu percebi que o colar no seu pescoço era uma lua crescente! A deusa da lua é relacionada à história bíblica tan­to com Ur dos caldeus, de onde vem a família de Abraão, quanto com Haran, onde Abraão morou até seu pai morrer. Essas eram cidades regidas pela deusa da lua, Sin. A família de Abraão adorava a deusa da lua, e não seria exagero supor que Abraão mesmo foi convertido da deusa da lua ao Jeová. O principado das trevas que manifesta tanto na forma da deu­sa da lua como na Diana dos Efésios se chama a Rainha dos céus. Um dos nomes da Diana era "a Rainha dos céus".

Por que a Rainha dos céus?

É muito possível, que o único lugar na bíblia onde Deus fala enfaticamente aos seus seguidores para não orar por um certo povo se encontra em Jeremias 7:16:

Tu, pois, não intercedas por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei Essa declaração extraordinária reflete a situa que aparentemente demanda a ira atribuída a ao invés de mostrar a sua misericórdia.

Algo muito maléfico devia estar acontecendo par provo­car tal resposta. O que seria?

Eu creio que envolve a Rainha dos céus. Jeremias; 7:18:

Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fofo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à Rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provo­carem a ira.

Famílias inteiras: homens, mulheres e crianças estavam envolvidos num culto a esse espírito territorial do mal. Deus insistia dizendo que "eles me provocam a ira". Numa passagem mais longa encontramos em Jeremias 44 onde, judeus do Egito estavam queimando incenso a Rainha dos céus e derramando libações para ela (Jeremias 44:17). Deus implora: "O, não faça essa coisa abominável que eu odeio!" (Jeremias 44:4).

De fato, foi porque os judeus de Jerusalém e Judá estavam fazendo esse culto que Deus os exilou por 70 anos no cativeiro da Babilônia (isso é explicado em Jeremias 44:2-3).

A GRANDE MERETRIZ DAS MUITAS ÁGUAS

Por que Deus é o Deus que não deseja que ninguém pereça? (II Pedro 3:9). Minha hipótese é que Ele odeia a Rainha dos céus, porque ela é o principado demoníaco que tem a maior respon­sabilidade debaixo de Satanás para manter os que não crêem em trevas espirituais. E muito possível que mais pessoas estão no inferno hoje por causa da influência da Rainha dos céus do que por causa de qualquer outra influência espiritual.

A Rainha dos céus é "a grande meretriz que assenta sobre muitas águas" em Apocalipse 17. Quais são as "águas"? "As águas que você vê, onde senta a meretriz são os povos, multi­dões, nações e línguas" (Apocalipse 17:15).

Por que tantas pessoas não alcançadas têm sido impene­tráveis quanto a receber a grande benção que Deus deseja der­ramar sobre eles e sobre as suas nações? Por causa do poder enganador da Rainha dos céus. Chegou a hora de agir espiri­tualmente!

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