quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Confrontando A Rainha dos Céus cap 2

Capítulo 2
Como devemos responder?

Quando Paulo saiu de Éfeso, a igreja que ele deixou (que não era uma mega igreja conforme muitos pensamos, mas numerosas igrejas de casa espalhadas pela cidade e pela pro­víncia da Ásia Menor) estava crescendo. Os principados e potestades das trevas foram afastados e o Reino de Deus foi implantado na área.

Uns cinco ou seis anos depois, Paulo escreveu a carta aos crentes em Éfeso de uma prisão romana. Não devia nos surpreender que a epístola de Paulo aos Efésios conteria uma alta porcentagem de termos de poder que qualquer outro livro do Novo Testamento. A batalha espiritual que tinha ajudado a igreja ser implantada continuava. Nessas alturas, Timóteo ti­nha chegado para ministrar em Éfeso, e é por isso que Paulo escreve para Timóteo tais coisas como:

Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segun­do as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate (1 Tim. 1:18). Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa con­fissão perante muitas testemunhas. (1 Tim. 6:12); Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cris­to Jesus. (2 Tim. 2:3); e Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.(2 Tim. 2:4).

Logo depois que Timóteo deixou Éfeso, João foi à Éfeso e já comentamos um pouco da batalha espiritual que ele fez, especialmente no templo da Diana.

Sem dúvida, enquanto ele escrevia aos Efésios, Paulo esta­ria revendo na sua mente as surpreendentes libertações demo­níacas através de lenços, os encontros de poder que ele tinha com os mágicos, e o reboliço dos artífices num anfiteatro ao ar livre. Paulo queria que aquilo que tinha sido conquistado em batalha espiritual, fosse mantido por batalha espiritual. Por isso, uma vez que sentimos que agora é o tempo de batalhar contra a Rainha dos céus mais uma vez, era de se esperar receber importantes orientações da carta aos Efésios.

Vejamos o que esta carta nos diz.

A NATUREZA VERDADEIRA DA BATALHA

Espíritos territoriais como a Rainha dos céus, não deveriam estar nos tronos espirituais das nações como na Turquia ou no Japão, onde ela reina como a deusa sol; ou como no México, onde ela é conhecida como a Virgem de Guadalupe ou como em Nepal, onde ela é Sagarmartha ou das cidades como Cal­cutá, onde ela é vestida, mascarada como Cali. Jesus Cristo devia estar nestes tronos. E somente na hora que as trevas fo­rem afastadas e a Luz do Evangelho resplandecer que a plena benção de Deus será derramada nas nações e no seu povo.

Quando Paulo escreve aos crentes de Éfeso, ele diz que ele está orando "para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele." (Efésios 1:17) Antes de fazermos batalha espiritual em qualquer nível, e particularmente no nível estratégico, revelação é absolutamente necessário. Nós temos que ouvir de Deus e permitir que Ele que se revele e revele a Sua vontade para nós. Daí é preciso pedir sabedo­ria para saber como interpretar o que ouvimos e como agir sob os comandos de Deus. Revelação sem sabedoria pode levar a tolice. Sabedoria sem revelação pode nos levar a um beco sem saída.

"Na terra ele não tem igual"

Esta sabedoria e revelação não se referem à sabedoria e revela­ção geral. Especificamente isso fala daquilo que Paulo descre­ve como e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; (Efésios 1:19)

Depender do poder divino de Deus é essencial. Somen­te aqueles que têm tendências a suicídio deveriam entrar em guerra espiritual confiando em suas capacidades humanas. Martin Lutero, no seu hino glorioso de guerra espiritual, "Castelo forte é o nosso Deus", menciona o diabo, e, em seguida diz: "Na terra ele não tem igual". Isso é tão verdadeiro! So­mente o imenso poder de Deus pode nos sustentar enquanto avançamos agressivamente contra as forças das trevas.

Que nível de batalha espiritual tem Paulo em mente quan­do ele escreve aos Efésios? Ele diz que Jesus está à direita do Pai e está acima de todo principado e potestade, poder e domí­nio (Efésios 1:21). Sem dúvida, Diana dos Efésios e o sa­crifícios no seu ornado templo estão na mente de Paulo. Jesus é superior a Diana e a todos os espíritos territoriais semelhan­tes, não importa quanto tempo eles têm governado os povos ou a cidade. Os exércitos de Deus estão sendo chamados para instalar nos mais altos níveis espirituais o Governo que por direito é do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores!Tudo isto está no primeiro capítulo de Efésios. Ao longo desta epístola, Paulo continua a colocar outras peças em or­dem até ele chegar no desfecho do capítulo seis onde ele decla­ra, entre outras coisas, que "nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." (Efésios 6:12). Isto é claramente batalha espiritual em nível estratégico.

O CORPO RECEBE ORDENS DA CABEÇA

Paulo lembra aos Efésios que Deus designou a Jesus como Cabeça de todas as coisas à igreja (Efésios 1:22-23).

Se crentes querem estar dentro da vontade de Deus em qualquer aspecto de suas vidas, eles têm que se submeter à Cabeça do corpo, Jesus Cristo. Isso aplica a indivíduos em particular, mas também a igreja em geral. Esse princípio se torna extremamente importante para batalha espiritual eficaz.

A analogia da cabeça e o do corpo é tão simples que me sur­preende ao encontrar aqueles que não captam a idéia. Vamos fazer uma aplicação a partir do nosso corpo humano. Nós te­mos uma cabeça e nós temos corpo. A cabeça dirige o resto do corpo. O corpo faz a vontade da cabeça.

Por exemplo, suponhamos que eu construa uma casa. A cabeça me diz para construir uma casa e que tipo de casa será e aonde vai se situar. Mas minha cabeça não constrói a casa, e,sim, meu corpo constrói. Minha cabeça fala para fazer uma refeição, mas minha cabeça não faz a refeição, meu corpo faz. Minha cabeça diz para dirigir carros, mas cabeças não dirigem carros.

O Cabeça diz: "Atacai o inimigo"

Sendo Jesus O Cabeça do corpo, temos que seguir as Suas direções. Ele nos dirá qual será a ação a tomar, mas Ele mes­mo não pretende executá-la, porque Ele é O Cabeça. Há pelo menos três coisas muito importantes que O Cabeça está falando ao corpo sobre batalha espiritual, tudo relacionado com a cidade de Éfeso.

1. Permanecer firme contra os esquemas do diabo.

Paulo diz aos Efésios para se revestirem de toda a armadura de Deus (Efésios 6:13) para que possam permanecer contra os esquemas do diabo. Este não é um comando aleatório. Perma­necer contra os esquemas não é fácil fazer. A razão é porque o diabo é um ser sobrenatural. Paulo na mesma epístola chama-o de "príncipe da potestade do ar" (Efésios 2:2). É difícil para eu entender por quê alguns líderes cristãos insistem em trivializar o poder de Satanás. Referir-se a ele como um fracas­so ou um leão sem dentes, só serve para encher o peito de algumas pessoas a ponto de pensar que podem atacar o diabo com um mata- moscas.

Eu suponho que ao dizer essas coisas, eles estão compa­rando o poder do diabo ao poder de Deus, e é verdade que não há comparação entre os dois. Mas este não é o nosso cenário. Nós não somos espectadores assistindo uma briga entre Deus e os demônios. Nós somos aqueles que permanecem contra os esquemas do diabo. O Cabeça fala ao corpo o que fazer, e O Cabeça não vai fazê-lo por nós.

Começar batalha espiritual proativa

Esta epístola que Paulo escreve não é a única carta aos Efésios que nós encontramos no Novo Testamento. A outra se encon­tra em Apocalipse 2:1-7, e é escrita pelo Cabeça da Igreja: Jesus. Todas as sete cartas em Apocalipse 2 e 3 foram escritas por Jesus à igreja em Éfeso e às outras igrejas em Ásia Menor que a equipe de Paulo tinha implantado.

Em cada uma dessas cartas, Jesus diz que aqueles que têm ouvidos devem ouvir o que o Espírito Santo está dizendo às igrejas. O único verbo no imperativo encontrado em todas as sete cartas é vencer. Cada vez que é usada é acompanhado por uma promessa extravagante. Na carta aos Efésios, por exem­plo, Jesus diz: "Aquele que vencer, eu darei comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus" (Apocalipse 2:7).

A palavra "vencer" que Jesus repete sete vezes é "nikao" , na língua original: grego. É um termo militar significando "con­quistar" no grego secular, mas, de acordo com o Dicionário do Novo Testamento: "No Novo Testamento [nikao] sempre pressupõe o conflito entre Deus e os poderes demoníacos opo­nentes" (Vol. 1, p.650). Em outras palavras, significa fazer batalha espiritual.

Amarrando o valente

Jesus usa a mesma palavra em Lucas 11:22 quando ele se refe­re a vencer o valente, se referindo a Belzebu, o principado de alto grau semelhante à Rainha dos céus. A passagem paralela em Mateus usa um verbo diferente e fala de amarrar o valente (Mateus 12:29), o termo mais freqüente usado entre aqueles que estão na rede de batalha espiritual internacional hoje.

Não entendamos mal. Sete vezes Jesus diz aos seus segui­dores para fazer batalha espiritual, e o tipo de batalha que pode ser interpretado é batalha espiritual a nível estratégico. Isso é depois da cruz e da ressurreição. Menciono isso porque alguns acham que a vitória de Jesus sobre os poderes das trevas na cruz (Col.2:15) nos retirou qualquer responsabilidade de fa­zer batalha espiritual proativa por nós mesmos. Se esse for seu caso, Jesus não teria comandado sete vezes para fazer esta ba­talha após a sua morte na cruz. Isto é O Cabeça falando ao corpo e o corpo deve se submeter às suas orientações.

João, é claro, foi o escriba que ouviu as palavras de Jesus e as escreveu no texto do livro de Apocalipse. Ele escreveu du­rante o tempo em que ele foi exilado de sua casa em Éfeso, na ilha de Patmos, sob a perseguição do Imperador Romano Domiciano. Mais tarde, quando Domiciano morreu, João retornou a Éfeso. O leitor poderia me liberar para imaginar (confesso que eu não tenho provas) que foi depois que João tinha escrito sobre o vencer em Patmos, que ele retornou à Éfeso e corajosamente avançou para o encontro de poder no templo da Diana dos Efésios que nós lemos no último capítu­lo. Eu creio que poderia ser assim.

3. Declarar a sabedoria de Deus aos principados

Paulo expressa aos Efésios seus desejos ardentes de que a sabedoria multiforme de Deus seja manifesta pela igreja aos principados e potestades nas regiões celestiais (Efésios 3:10). Este é um outro comando que vem do Cabeça ao corpo, e diz explicitamente que a igreja deve fazer esta declaração aos poderes do mundo invisível. Há muitas interpretações do que exatamente isso significa, mas uma dessas é que devemos de­clarar o Evangelho do Reino de Deus.

A Igreja em ação e também em palavra deve relembrar aos espíritos territoriais a respeito de lugares como Éfeso onde o Reino de Deus invadiu o domínio das trevas a começar com a vida, morte, ressurreição de Jesus Cristo, e que o deus dessa era, não irá cegar mais as mentes dos que não crêem ao glorio­so Evangelho de Cristo em Éfeso, na Turquia, no Japão, em Nepal, em Calcutá, ou em qualquer outro lugar. Esse tipo de declaração de guerra há de surtir reações negativas e retaliações das forças do mal e da batalha espiritual que engajamos. Um dos maiores apóstolos do avivamento extraordinário da Ar­gentina, agora no 15o ano, é o evangelista Carlos Annacondia. Em praticamente cada uma das suas reuniões, ele literalmente declama a sabedoria de Deus ao diabo e aos principados espi­rituais que estejam na vizinhança. Muitas vezes eu ouvi ele fa­zer isso em voz bem alta e com uma unção poderosa do Espí­rito Santo. O título do seu novo livro é: "Escuta-me Satanás!" Quando este brado de guerra sai noite após noite, coisas começam a acontecer. Demônios se manifestam e são expulsos, enfermos são curados milagrosamente e pecadores correm para a plataforma para se converterem.

Mais de dois milhões de pessoas nasce­ram de novo em suas campanhas até agora.

Mais um verso de "Kumbaya?"

Uma das razões que isso não tem acontecido mais na América, é porque a Igreja tem sido muito passiva. Eu conheço igrejas que decidiram sentar e esperar até a volta de Jesus. Alguns dizem que preferem ficar no quarto espiritual de gozar da inti­midade com Deus através da adoração e louvor ao entrar em batalha onde possa haver fatalidades. Há muitas igrejas que estão cantando mais um versinho de "kumbaya" [o título de um corinho antigo, significa "passe por aqui", cantava-se "kumbaya, Senhor, kumbaya" numa música bem tranqüila.] enquanto nações inteiras permanecem embaixo de governo de espíritos territoriais e milhares estão morrendo, indo para o inferno todos os dias. Ao invés de obedecer O Cabeça, certos membros do corpo de Cristo parecem estar esperando O Ca­beça fazer suas tarefas por elas. Não é assim que acontece.

Obviamente, há muito a fazer agora que nós não temos feito no passado. Para fazer as coisas certas, nós precisamos do espírito de sabedoria e revelação que Paulo estava pedindo. O que é que o Espírito Santo está dizendo às igrejas hoje? Como que O Cabeça está orientando o corpo de Cristo? Eu creio que nós temos algumas repostas dessas perguntas cruciais.

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